A Fortaleza de São José da Ponta Grossa, na Praia do Forte, em Florianópolis, foi reaberta à visitação nesta segunda-feira (21/03). Assim, a fortificação está recebendo visitantes das 8h às 18h, durante todos os dias, incluindo finais de semana. É preciso pagar taxa de visitação, mas há uma série de isenções previstas (clique aqui para mais detalhes). Não é necessário agendar a visita, a não ser para escolas públicas que solicitem isenção. Para todos os visitantes, será seguido o decreto do Governo do Estado, que recomenda o uso de máscaras, mas não obriga sua utilização.
Com uma força desproporcional em relação aos defensores, a Espanha tomou a Ilha de Santa Catarina há 245 anos. A ofensiva final começou com o desembarque na Praia de Canasvieiras, no dia 23 de fevereiro de 1777. Ao chegar à região, território português guarnecido por fortalezas, os espanhóis tinham em sua esquadra oito embarcações para cada uma da pequena frota lusa que poderia oferecer alguma resistência. Não houve confronto algum. Os portugueses abandonaram seus postos, no mar e na terra, deixando o caminho livre para os espanhóis declararem a ilha posse do rei da Espanha sem disparar um tiro.
A Estação Radiotelegráfica, prédio ainda hoje existente, foi um aprimoramento que veio mais tarde, em 1914
Há 134 anos, em 17 de fevereiro de 1888, a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim entrava em uma nova era de comunicação. Foi nessa data que houve a primeira transmissão de uma mensagem da estação telegráfica da Ilha de Anhatomirim até Desterro, a capital de Santa Catarina à época. Anos depois, já no século XX, o equipamento foi substituído por um radiotelégrafo, que podia se comunicar também com embarcações e não somente com estações em terra.
Trabalho nas muradas e novo calçamento para pedestres. Fotos: Jaci Valdemiro Nunes
As obras de restauro e requalificação da Fortaleza de São José da Ponta Grossa, que fica na Praia do Forte, região norte de Florianópolis, estão tomando mais forma. O antigo calçamento, que contornava a fortificação, deu lugar a um novo passeio. Novos sanitários, para uso dos visitantes, estão em instalação. As estruturas metálicas de rampas de acesso e elevador também já foram construídas. As obras são custeadas pelo Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, com projetos, contratos, gestão e fiscalização da superintendência do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em Santa Catarina. A Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), dá apoio logístico ao trabalho e prepara um plano para reabertura da fortaleza à visitação.
Peça descoberta na ilha (à esquerda) e imagem de arquivo da Marinha do Brasil
A fivela encontrada na Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, em uma ação de limpeza em setembro de 2021, é uma peça histórica que pode ter mais de 110 anos. O acessório passou a fazer parte do uniforme das praças do Corpo de Fuzileiros Navais (militares com as patentes de soldado e cabo) por força de decreto instituído em 1908, informou a Marinha do Brasil após consulta da Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A fivela foi encontrada por voluntários que recolhiam lixo na Ilha de Anhatomirim – local que foi ocupado por contingentes da Marinha do Brasil de 1907 até meados de 1950.
As duas versões do videolivro Fortalezas da Ilha: uma visita ao passado, em português (vídeo acima) e em inglês, já estão disponíveis no canal Fortalezas da UFSC no Youtube. Embora tenham como principal público as crianças, qualquer pessoa pode aprender mais sobre a história das fortificações com os vídeos. Eles foram lançados nesta terça-feira (14/12) em transmissão ao vivo com participação de crianças, escolas e público em geral. Os videolivros são a versão animada do livro Fortalezas da Ilha: uma visita ao passado, que tem a versão digital disponível aqui no site.