Fortalezas da UFSC: 46 Anos de Memória Viva

21/11/2025 10:19

A Fortaleza de Santa Cruz na Ilha de Anhatomirim foi a primeira assumida pela UFSC. Foto Henrique Almeida/Agecom

Em 21 de novembro de 1979 a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) assumiu a gestão da Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, hoje na área de jurisdição do município de Governador Celso Ramos. Ao assumir a administração do espaço histórico o Reitor Caspar Erich Stemmer enalteceu a importância da preservação da fortificação: “Dentro das limitações usuais do orçamento da Universidade fiquei temeroso de assumir a responsabilidade pela manutenção da Ilha de Anhatomirim.  (…) Somente depois de sentir, através da operação “Chapéu na Mão”, o carinho e o interesse que todo o povo florianopolitano dedica a Anhatomirim, é que compreendi que a Universidade não poderia deixar de dedicar-se de corpo e alma à (essa) tarefa (e nem) poderia fugir da missão de administrar, manter e utilizar estas construções históricas, no cenário desta ilha de deslumbrante beleza natural”.

A fortaleza foi aberta à visitação pública em 1984, na sequência a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones passou à guarda da UFSC em 1991 e foi aberta ao público no ano seguinte. Por fim, a Fortaleza de São José da Ponta Grossa, aberta ao público em 1992, também vem sendo gerenciada pela UFSC desde essa data.

Fortaleza de São José da Ponta Grossa. Foto divulgação/CFISC.

Construídas pela Coroa Portuguesa a partir de 1739 com a função de guarnecer a entrada da Barra Norte da Ilha de Santa Catarina, as fortalezas foram declaradas Patrimônio Histórico Nacional em 1938 e as Fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim e de Santo Antônio de Ratones estão entre as 19 fortificações brasileiras indicadas à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para tornarem-se Patrimônio da Humanidade. A atuação da UFSC, que mantém  as fortificações abertas à visitação, busca preservar e tornar acessíveis elementos da história e da cultura catarinenses.

As Fortalezas da Ilha de Santa Catarina, estão abertas à visitação de terça a domingo, inclusive feriados, das 8h30 às 18h30. A Fortaleza de São José da Ponta Grossa, conta com acesso terrestre pela Praia do Forte. A Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, localizada em ilha na Baía Norte, exige transporte náutico, realizado por empresas privadas — a UFSC não opera esse serviço, mas disponibiliza contatos. Já a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones encontra-se temporariamente fechada para visitação.

Fortaleza de Santo Antônio de Ratones. Foto divulgação/CFISC.

taxa de visitação é de R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia), nas Fortalezas de São José da Ponta Grossa e Santa Cruz de Anhatomirim, o pagamento pode ser feito em dinheiro ou via Pix. Estão isentos da taxa idosos acima de 60 anos, crianças de até 5 anos e estudantes de escolas públicas em visitas de estudo previamente agendadas.

Além da visitação turística, os espaços das fortalezas podem ser utilizados para eventos culturais, artísticos, casamentos, lançamentos de produtos e ensaios fotográficos. A cessão temporária desses espaços, bem como o uso de imagens dos monumentos, deve ser solicitada com antecedência e segue regulamentação específica disponível em edital.

Mais informações  

Informações adicionais sobre as demais fortificações de Santa Catarina, do Brasil e de outros países podem ser acessadas na página fortalezas.org, base de dados internacional sobre patrimônio fortificado, também desenvolvida e gerenciada pela UFSC.

Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC) está localizada no 1º andar do Centro de Cultura e Eventos da UFSC e o contato com o setor pode ser estabelecido pelo e-mail fortalezas@contato.ufsc.br ou pelo telefone (48) 3721-8302.

Texto: com informações de Ricardo Torres

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