#QuarentenaArte: personagem histórico espanhol vira paper toy
A Ilha de Santa Catarina já pertenceu à Espanha. Há quase 250 anos, soldados da coroa espanhola tomaram as fortalezas que defendiam a ilha e se instalaram na região sob o comando do general Pedro Antonio de Cevallos Cortés y Calderón. Para lembrar esse importante personagem da história catarinense, a Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC) está lançando o paper toy de Dom Pedro de Cevallos. O brinquedo montável, além de recuperar a trajetória desse personagem espanhol na história local, é boa opção para diversão em família nesses dias de quarentena.
Para fazer o download do paper toy de Dom Pedro de Cevallos, clique aqui.
Para montar o paper toy, o ideal é imprimi-lo em uma folha de papel de gramatura maior, como uma cartolina fina. Uma opção é imprimir em papel comum e, depois, colar em papel mais grosso um pouco. Além disso, será preciso usar tesoura e cola. Assim, é importante que as crianças tenham supervisão de um adulto.
Esse é o segundo paper toy lançado pela CFISC com o tema de personagens históricos do Sistema Defensivo do Século XVIII, criado pela coroa portuguesa. As construções que iniciaram esse sistema foram a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, a Fortaleza de São José da Ponta Grossa, a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones e a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba. O brigadeiro José da Silva Paes, o idealizador da estratégia de defesa e construtor das primeiras fortificações da região, é o outro personagem disponível para montagem. Agora, além do brigadeiro, pelo lado português, a CFISC disponibilizou o personagem Dom Pedro de Cevallos, pelo lado espanhol.
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Invasão espanhola de 1777
Portugueses e espanhóis lutaram pelo domínio de parte do continente americano no período colonial brasileiro. No sul da América, o objetivo da Espanha era manter o controle da região do Rio da Prata, que divide hoje Uruguai e Argentina. O interesse espanhol na Ilha de Santa Catarina, território controlado pelos portugueses, era estratégico, uma vez que a região servia de entreposto para o abastecimento de tropas que atuavam no Rio da Prata. A Ilha de Santa Catarina possui uma baía de mar calmo que era muito útil para parada de grandes frotas de embarcações.
“Es de suma importancia vengar prontamente los agravios echos a El Soberano por los portugueses; que vaia luego sobre la Isla de Santa Catalina, a fin de apoderse de ella antes de empreender la conquista de la Colonia; no perdonará Su Majestade, trabajo, fadiga, ni esfuerzo alguno para conseguir el intento principalíssimo de su Expedición que es el de conquistar la Isla de Sta. Catalina.”
Trecho das ordens recebidas por Dom Pedro de Cevallos, transcrito por
Maria Bernardete Ramos Flores, em Os espanhóis conquistam a Ilha de Santa Catarina,
livro publicado pela Editora da UFSC.
Em 1777, os espanhóis, sob o comando de Dom Pedro de Cevallos, atravessaram o Atlântico com a maior frota que já cruzou o oceano: 117 embarcações. Desembarcaram em 23 de fevereiro na Praia de Canasvieiras e, marchando, tomaram a Bateria de São Caetano e depois a Fortaleza de São José da Ponta Grossa. Os portugueses acabaram por se render por completo. A Ilha de Santa Catarina tornou-se território espanhol. A bandeira espanhola esteve hasteada até julho de 1778, quando um acordo entre as duas coroas, assinado em outubro do ano anterior, devolveu o controle da região aos portugueses.
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#QuarentenaArte é uma ação da Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte), em parceria com a TV UFSC, que oferece alternativas artísticas culturais que podem ser apreciadas a distância por meio de internet, a iniciativa também objetiva valorizar e difundir a arte e cultura produzida na UFSC.