Fortaleza de São José da Ponta Grossa reabre ao público com música e teatro
Cuca Monga e Dona Bilica se apresentaram na Capela. Fotos: Salvador Gomes/Agecom/UFSC
A Fortaleza de São José da Ponta Grossa, na Praia do Forte, em Florianópolis, reabriu à visitação neste domingo (12/02) com música e teatro. A Dona Bilica, personagem da cultura local, atraiu o público até a Capela da fortificação para contar causos da Ilha de Santa Catarina e foi acompanhada da Banda Cucamonga. O evento foi organizado pela Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC) da Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (SeCArtE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A fortaleza abre todos os dias, das 8h30 às 18h30. Confira informações sobre os ingressos.
A Fortaleza de São José da Ponta Grossa passou recentemente por obras de restauração e requalificação, projetadas e executadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A UFSC é a gestora do monumento, assim como administra a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim e a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones – todas na baía norte da Grande Florianópolis.
Para marcar a reabertura da Fortaleza de São José da Ponta Grossa, houve uma cerimônia com presença do reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza. “É um momento de bastante alegria para nossa Universidade. Um momento de paz e reestruturação. Também é um momento de valorização da arte, da cultura e do esporte”, discursou o reitor.
Reitor da UFSC discursou durante cerimônia.
Ele também comentou que a UFSC não está focada apenas no ensino. “A Universidade tem essas múltiplas funções. É responsável por formar estudantes, montando quadros de profissionais importantes para o país. Mas também produz ciência, tecnologia e arte – tudo que tem significado em atender a demanda da sociedade”.
A secretária da SeCArtE, Eliane Santana Dias Debus, leu uma poesia de Antonieta de Barros e fez uma analogia entre os desafios de manter a fortaleza e as ameaças da força dos elementos da natureza. “A sociedade recebe hoje uma fortaleza restaurada e requalificada, o que nos exigirá sobre-esforços, independente do mar bravio”.
A coordenadora da CFISC, Geisa Pereira Garcia, lembrou em discurso as obras também na Fortaleza de Santo Antônio de Ratones e os planos para novo restauro e requalificação da Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim. “A UFSC quer preservar a história local e mostrar para o mundo inteiro como ela é rica. Nossa Universidade quer o máximo das fortalezas e quer que todos hoje aproveitem o máximo da Fortaleza de São José da Ponta Grossa”.
Rendeiras expõem seus trabalhos no Quartel da Tropa.
O arquiteto Roberto Tonera, servidor aposentado, especialista em fortificações e colaborador da CFISC, comentou que a Capela, onde houve a cerimônia, é o prédio das fortalezas que mantém seu uso original, servindo para celebração de missas da comunidade local, casamentos e batizados. “O melhor que se pode fazer por um patrimônio cultural é continuar dando vida a ele. Se possível, preservando sua função original”.
Crianças aplaudiram as apresentações
Após a cerimônia, a Dona Bilica fez show dentro da Capela, acompanhada da Banda Cucamonga. Os visitantes, principalmente as crianças, acompanharam com palmas o ritmo da música e se divertiram com as piadas da Dona Bilica.
Presentes aplaudem Dona Bilica.
A Fortaleza de São José da Ponta Grossa está requalificada, com novos atrativos, como exposições, canhões recuperados, renda de bilro, além de infraestrutura como novos sanitários e novo acesso, que inclui soluções de acessibilidade.