APA do Anhatomirim faz 30 anos com participação da UFSC
A Área de Proteção Ambiental (APA) do Anhatomirim está completando hoje (20/05) 30 anos de criação. A unidade de conservação, gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), nasceu em 1992 com o objetivo principal, mas não único, de proteger a população de golfinhos Sotalia guianensis que habita parte da baía norte da Grande Florianópolis. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) participa do conselho gestor da APA, com atuação de servidores da Coordenadoria das Fortalezas de Ilha de Santa Catarina (CFISC).
Essa unidade de conservação ocupa uma área de 4.436,59 hectares no município de Governador Celso Ramos. Dentro da APA, fica a Fortaleza de Santa Cruz, localizada na Ilha de Anhatomirim, patrimônio histórico nacional mantido pela UFSC.
Os objetivos da APA não são apenas ecológicos, mas ecológicos e sociais. Por isso, envolvem atenção com golfinhos, mata, rios e comunidades de pescadores artesanais, entre outros temas.
Regularmente, o ICMBio promove reuniões do conselho gestor para discutir tais assuntos. Além da UFSC, fazem parte do conselho diversos órgãos ligados à proteção ambiental e da administração pública de forma geral, como a Prefeitura Municipal de Governador Celso Ramos, a Marinha do Brasil, o Instituto do Meio Ambiente, o Comitê da Bahia Hidrográfica do Rio Tijucas, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), entre outros.
No entanto, o comitê gestor da APA não é formado apenas por órgãos de governo. Há representantes das colônias de pesca da região, maricultores, associação de moradores, entre outras entidades representativas da população. Para o ICMBio, desde sua criação, a APA é patrimônio de todo o povo e sua gestão é compartilhada e participativa.
A APA do Anhatomirim é uma unidade de conservação que admite usos, regulamentando atividades como pesca, maricultura, turismo e lazer, além de estipular regras de como proceder quando há aproximação de golfinhos e outros animais. Por isso, o trabalho de regramento, fiscalização e educação ambiental são mantidos para preservar todo ecossistema para futuras gerações.