Ação recolhe cerca de 57 kg de lixo encontrado ao redor da Ilha de Anhatomirim
Uma ação conjunta, com a participação de diferentes instituições, incluindo a Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC), reuniu voluntários para recolhimento de lixo ao redor da Ilha de Anhatomirim na sexta-feira (10/09). A Escola do Mar, projeto complementar da Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis, transmitiu uma live para divulgar o trabalho, além de entrevistar professores e especialistas para a conscientização do respeito ao meio ambiente e ao patrimônio histórico. A Parley, que reúne pessoas pela preservação dos oceanos, foi a responsável por chamar os voluntários.
Ao todo, foram recolhidos 56.890 gramas de resíduos, sendo a maioria formada por plásticos. Também participaram da ação servidores da Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC) e da Prefeitura Municipal de Florianópolis. A Secretaria de Gestão de Resíduos, via autarquia COMCAP, e a Superintendência do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) foram apoiadores da ação.
Assista à transmissão ao vivo feita pela Escola do Mar, da Prefeitura Municipal de Florianópolis:
Na sexta-feira (10/09), cerca de 25 pessoas foram à Ilha de Anhatomirim para a ação, embarcando na Praia de Canasvieiras, em Florianópolis. O trabalho teve início pela manhã e, já durante o trajeto de escuna, foram passadas orientações sobre a necessidade de preservação do meio ambiente, especialmente dos oceanos, e a importância histórica da Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim e das fortalezas da Ilha de Santa Catarina.
Os voluntários trabalharam cerca de três horas recolhendo material, principalmente das praias e costões. Eles usavam equipamentos de proteção, como máscaras e luvas. O material foi recolhido em sacos de lixo e, na volta, foi pesado. Tudo foi depositado no contentor que aguardava os voluntários em Canasvieiras e levado ao destino correto.
No meio do lixo, um testemunho histórico
Não foi apenas rejeito que os voluntários da ação recolheram. Entre o lixo, foi encontrada uma fivela, provavelmente utilizada por algum fuzileiro naval. A Marinha ocupou a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim até o final da década de 1950. Na fivela, é possível ler “Marinha Brazileira”, assim mesmo com “Z”. Essa grafia foi utilizada até 1943 – o que sugere que a peça é anterior a esse período. Os voluntários entregaram o achado aos servidores UFSC. Agora, a universidade está avaliando a peça e dará o correto destino de mais um testemunho histórico revelado por Anhatomirim.
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